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CRESCIMENTO

Cafel?ndia registra aumento populacional de 5,1% em rela??o a 2.012.

Sexta-feira, 30 de agosto de 2013

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Todas as cidades do Oeste registram aumento populacional; região conta hoje com 1.278.531 habitantes


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          Fatores relacionados a oferta educacional e de vagas de emprego incentivam a chegada de novos moradores no Oeste paranaense. Os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados ontem, demonstraram crescimento populacional em todos os municípios integrantes da região. A projeção de um ano a outro no Oeste foi de 3,6%. Em 2012 a região tinha 1.231.810 habitantes, e neste ano tem 1.278.531. O aumento ficou 2% abaixo da média estadual (3,8%) e 1% acima da média nacional (3,5%). Caso a proporção de moradores aumente no mesmo ritmo, em dez anos o Oeste ultrapassará a marca de 1,7 milhãos de moradores. A preocupação é com o preparo das cidades para manter as condições de vida da população.

          Para o presidente da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), José Carlos Mariussi, o crescimento desordenado traria consequências econômicas graves. Por isso, as autoridades devem projetar as cidades para as próximas décadas.  “Devemos nos preocupar com o urbanismo. Um efeito bastante comum, até em cidades menores, é o trânsito. Não houve o cuidado com isso, e agora sofremos as consequências. Precisamos tomar o cuidado de evitar a favelização de regiões. A vinda de muitos moradores provoca um déficit habitacional, além de uma demanda grande em hospitais”, afirma.

          O chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos, destaca o fortalecimento do agronegócio. Ele constata, com base na projeção, que muitos trabalhadores voltaram à cidade de origem para viver, no entanto, possuem vínculos profissionais em municípios vizinhos. “Os grandes centros urbanos perderam a população. Pessoas que migraram em busca de trabalho, voltaram a cidade de origem, hoje consideradas polo regional e com arranjos produtivos”.

 REPASSE PEQUENO

          Apesar do crescimento populacional, o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) não sofrerá alterações nas pequenas cidades. Para que houvesse aumento no repasse financeiro, o aumento teria que ser bastante expressivo. No entanto, a margem de crescimento ficou entre 1,4% e 5,1% no Oeste, insuficientes para injetar recursos expressivos nos municípios. “Quando a alteração populacional é pequena, não conseguimos mais verbas. Pelo contrário, os gastos aumentam com saúde, educação e outras prioridades. Não conseguimos mais recursos nem a curto e nem a longo prazo”, ressalta Mariussi. 

Maiores e menores

           Em apenas um ano, as 50 cidades do Oeste receberam quase 50 mil novos moradores. Pela projeção feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Cascavel é o município mais populoso da região, com 305.615 habitantes. Em segundo, vem Foz do Iguaçu, com 263.508 moradores. Já em terceiro lugar está Toledo, com 128.448 habitantes. A menor cidade da região é Iguatu, com 2.299 moradores e que, segundo a projeção, teve aumento populacional de 2,9%. Em penúltimo vem Iracema do Oeste, com 2.564 habitantes, que também registrou acréscimo populacional de 1,6%. A antepenúltima da lista do Oeste é Anahy, com 2.929 habitantes. A cidade registrou aumento de 2,5% no índice.  

Uma cidade em expansão 

          De toda a região Oeste, Cafelândia apresentou a maior projeção populacional. Pela constatação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de um ano a outro o aumento foi de 5,1%, e hoje são 16.020 moradores. A cidade teve um expressivo crescimento de áreas transformadas em loteamentos. A demanda por moradias é grande, e as construções sofrem uma valorização considerável. O agronegócio movimenta a economia, e oferta a maior parte das vagas de trabalho no município. “Muitos trabalhadores vêm de fora para morar aqui, em função da agropecuária e diversificação das matérias-primas. Hoje contamos com grandes investimentos na avicultura, suinocultura, bovinocultura e piscicultura”, destaca o prefeito de Cafelândia, Valdir Andrade da Silva.

          A cooperativa da cidade é a principal geradora de emprego e renda, inclusive para toda a população da região. Devido a oferta de trabalho, muitos trabalhadores decidem se mudar para Cafelândia. Além de vagas de emprego, o município se destaca pelo alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “Contamos com esgoto em 90% da cidade, e pretendemos ampliar ainda mais o sistema. A população tem qualidade de vida, com uma educação privilegiada. Valorizamos nossos professores, e decidimos pagar o piso nacional a categoria. Além, é claro, de oferecer vagas para educação fundamental e infantil”, ressalta o prefeito.

 Agronegócio atrai novos moradores

          O agronegócio foi fator fundamental para a expansão populacional nas cidades da região Oeste, principalmente as com grandes cooperativas instaladas. A constatação é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que em 2015, fará uma nova contagem para reafirmar a lealdade da projeção apurada ano a ano. “O Paraná teve um crescimento que acompanhou as demais cidades, sobretudo as que são consideradas polos, e também região metropolitana. Mas no interior, o destaque está nos municípios com arranjos produtivos, como Toledo, Cianorte, Cafelândia e Palotina”, acrescenta o chefe do IBGE no Paraná, Sinval Dias dos Santos. Para fazer a projeção populacional foram comparados os dados do Censo 2010 com o Censo 2000. Também foram avaliadas tendências demográficas, taxas de migração, nascimento e mortalidade. “Essa é uma estimativa, em 2015 faremos uma contagem para confirmar esses dados. Será um questionário simplificado, e apenas em 2020, haverá o Censo completo”. 

Estado

          De todo o Paraná, Curitiba figura como a cidade mais populosa, com 1.848.943. Já Cascavel se mantém em 5ª, e ultrapassa a marca de 305 mil habitantes. Foz do Iguaçu aparece em 6ª colocação, com 263.508 habitantes. Em todo o Brasil, são mais de 201 milhões de habitantes.

Fonte: Jornal O Paraná

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